Análise: o "fator Ganso" e o 4-1-4-1 de Osorio na classificação do São Paulo
Como a entrada do camisa 10 ajudou o Tricolor a eliminar riscos contra o Vasco: ele aproximou o time, teve o auxílio de Pato e fez brilhar ainda mais Thiago Mendes
Juan Carlos Osorio não consegue descansar Paulo Henrique Ganso. Com vantagem de 3 a 0 da semana passada e o Vasco reserva, o colombiano aproveitou para deixar o camisa 10 no banco. A atuação desastrosa do primeiro tempo levou o meia a campo no intervalo. Planejada ou não, a alteração fez diferença no São Paulo, que saiu do marasmo total para uma exibição morna, mas suficiente para empatar por 1 a 1 e afastar qualquer risco de eliminação, e com o carimbo da inteligência de Ganso.
Não é sua temporada mais brilhante, em desempenho ou números, mas, inegavelmente, ele faz diferença. Oscilando entre o "falso 9", homem mais adiantado e centralizado do ataque que se movimenta por todo o setor, e um complemento de meio-campo, Ganso esteve sempre por perto da bola. Foi o elo de ligação entre jogadores que, no primeiro tempo, pareciam não se conhecer.
Veja no vídeo acima um pequeno compilado de lances em que o camisa 10 estava sempre por perto para receber a bola, inclusive no lance do gol de Centurión.
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De novo, bola aérea tira Palmeiras de aperto e garante vaga; confira análise
Time que mais levanta bola no Brasileiro, Verdão se vale de sua arma principal também para sair do sufoco na Copa do Brasil, avançando ao bater o Inter por 3 a 2
No jogo de ida contra o Internacional, o Palmeiras escapou da derrota graças a um gol de cabeça. Nesta quarta-feira, uma semana depois do 1 a 1 em Porto Alegre, a principal arma da equipe na temporada se fez necessária mais uma vez para garantir a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Dois gols da vitória por 3 a 2, na arena, saíram de cabeceios.
Quase 34 mil pessoas viram o Palmeiras "eliminado" por um minuto. Foi o tempo necessário para o time fazer o terceiro gol, após sofrer o empate, que daria ao Internacional a vaga na semifinal da Copa do Brasil
Vitor Hugo, aos sete minutos, abriu o placar aproveitando o primeiro dos oito escanteios a favor. O zagueiro é especialista no fundamento: já balançou a rede sete vezes, cinco delas usando a cabeça. O gol decisivo, também resultado de levantamento de bola – foram 17 ao todo –, foi marcado da mesma forma pelo volante Andrei Girotto, aos 29 do segundo tempo. Um minuto depois de o adversário ter empatado (resultado que daria a vaga na próxima fase ao Inter).
Entre o primeiro e o último gols, sobraram reclamações dos dois lados. O time gaúcho questiona o pênalti que fez o Palmeiras abrir 2 a 0, ainda no primeiro tempo. No lance, em disputa atrapalhada pela bola dentro da área, Lucas e Alex se esbarraram, e o árbitro enxergou falta do meia colorado no lateral-direito palmeirense. Lucas Barrios, que havia desperdiçado cobrança na capital gaúcha, viu Zé Roberto bater e marcar.
Na volta do intervalo, o Inter pressionou e diminiu a diferença aos 11 minutos, com Anderson. No início da jogada, Lucas reclama de "pé alto" do colorado, que em seguida arrancou sozinho diante da marcação e, com um chute cruzado rasteiro, enfim, vazou o goleiro palmeirense.
Andrei Girotto entrou no intervalo, no lugar do pendurado Amaral, e anotou o gol da classificação (Foto: Marcos Ribolli)
Imediatamente, a torcida localizada atrás do banco pedir para Marcelo Oliveira mexer no time, de acordo com o repórter Mauro Naves, que participava da transmissão pela TV Globo. O técnico, então, virou-se para a arquibancada e lembrou que só tinha mais uma alteração a fazer. Sim: já havia sacado Robinho (que, lesionado, deu lugar a Rafael Marques, no primeiro tempo) e Amaral (um dos três pendurados, foi substituído no intervalo por Andrei Girotto).
O treinador gastou a última substituição (Gabriel Jesus por Allione) aos 26 minutos, um minuto depois de Argel Fucks colocar um meio-campista mais descansado (Alisson Farias). Ou dois minutos antes de Lisandro López garantir o empate, depois de desvio duvidoso. E foi o argentino o autor do cruzamento para o gol decisivo de Andrei Girotto. Mais um gol de cabeça.
Abílio Diniz volta a criticar presidente do São Paulo e oferece pagar auditoria
Empresário ainda revelou que não ficou convencido dos motivos que fizeram o presidente do São Paulo demitir o EX-CEO, Alexandre Bourgeois, semana passada
Abílio Diniz criticou Aidar (Foto: Editoria de Arte)
Membro do Conselho Consultivo do São Paulo, o empresário Abílio Diniz voltou a criticar o presidente Carlos Miguel Aidar nesta terça-feira. Em seu blog no UOL, ele reproduziu o teor de uma carta que foi enviada a todos os conselheiros do clube. No documento, ele diz não acreditar nos motivos que fizeram o ex-CEO, Alexandre Bourgeois, ser demitido, e pediu que o dirigente tenha uma administração mais transparente, relatando tudo que de fato acontece ao Conselho Deliberativo, o que não estaria acontecendo.
Diniz também aproveitou para oferecer ajuda ao clube. Ele disse que topa financiar o custo de uma completa auditoria no clube, que possa examinar com afinco a situação atual para que uma estratégia de trabalho possa ser feita.
– Diante da gravidade e da urgência da situação, e atendendo a seus pedidos recorrentes para que eu aporte recursos, ofereço financiar a contratação imediata da PriceWaterhouseCoopers (uma das quatro empresas de auditoria que Aidar colocou no plano de profissionalização). Ela poderá fazer de maneira imediata e isenta um levantamento completo e indispensável da situação financeira, com acompanhamento e previsão do fluxo de caixa para os próximos meses e análise de todos os contratos do clube. Essa auditoria deve se reportar diretamente à Diretoria e ao Conselho Deliberativo – ressaltou.
O empresário voltou a mostrar preocupação com a situação financeira do clube.
– Da minha parte, quero seguir colaborando para evitar a destruição do clube. Como venho falando já faz algum tempo, minha preocupação mais urgente é com a situação financeira. É preciso antes de tudo ter clareza do que se passa nessa área. Nas últimas semanas, houve muita confusão, com números contraditórios sendo divulgados por você, especialmente em relação às dívidas e ao caixa do São Paulo – disse Abílio, que continuou.
– Não podemos viver da antecipação dos recursos previstos para os próximos anos, pois assim estaremos comprometendo também o futuro do São Paulo e perpetuando essa crise – disse.
No final da carta, Abílio Diniz volta a pedir transparência a Aidar.
– Carlos Miguel, é fundamental que você torne transparente a gestão do São Paulo e divida com o Conselho Deliberativo suas decisões neste momento difícil. Em nome dessa transparência, estou encaminhando cópia desta carta aos membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Consultivo, bem como dando divulgação para o conhecimento dos sócios e torcedores.
Na última reunião do Conselho Deliberativo, Abílio apresentou um novo modelo de administração que, entre outras coisas, tira o poder do presidente Carlos Miguel Aidar e de seus diretores. O projeto não foi aceito pelo mandatário tricolor, que usará o que foi feito pelo Instituto Áquila.
22/11/2013 15h58 - Atualizado em 22/11/2013 15h58
Querido na Argentina, Messi planeja volta em janeiro para 'curar problemas'
Em entrevista à rádio, craque do Barça fala sobre lesão, viagem para tratamento e aponta os outros favoritos à Copa do Mundo: 'Alemanha, Brasil, Espanha e França' Por GLOBOESPORTE.COMBarcelona, Espanha 46 comentários Lionel Messi nunca atuou profissionalmente por um clube argentino. Ou sequer passou perto disso. Aos 13 anos, deixou as divisões de base do Newell's Old Boys rumo à Espanha. Foi no Barcelona onde ele deixou de ser uma promessa para se tornar o maior craque de futebol dos últimos tempos e dono das últimas quatro Bolas de Ouro. Com a seleção, o rendimento cresceu apenas recentemente, fato que enfim o fez ser querido no próprio país. - Por sorte, as coisas mudaram. Me doía que em meu país não me queriam como me querem do outro lado do mundo. Graças a Deus isso também se deu pelos resultados da seleção. Hoje a coisa é diferente e fico muito contente por isso - disse, em entrevista à "Radio Metro 95,1".
Fora dos gramados por conta de mais uma lesão muscular (a quinta sofrida em 2013), o atacante planeja o retorno em janeiro. Espera estar tinindo fisicamente num ano importante, que terá a Copa do Mundo do Brasil entre junho e julho. - Estou tranquilo. Foi uma lesão dura porque é muito tempo que eu vou ficar fora dos campos. Mas tranquilo porque vou me recuperar e voltar em janeiro bem, para voltar a jogar, tentar seguir fazendo o que sempre fiz e não ter mais problemas.
Messi descreveu o que sentiu ao descobrir que seria ausência por dois meses. - No momento da lesão, muitas coisas foram faladas, quero mostrar que estou com alto astral. Agora vou, pouco a pouco, dar seguimento à minha recuperação na Argentina. Triste pela lesão, mas feliz por poder ir até lá - afirmou o jogador, que fará parte do tratamento em sua outra casa. De olho na Copa do Mundo, o camisa 10 também apontou os seus favoritos: - Alemanha, Brasil, Espanha, França são sempre candidatos a ganhar a Copa. Nós também. A Argentina sempre é candidata, chegue como chegue. Temos que estar tranquilos. Ainda nos faltam coisas para melhorar e crescer. Acho que vamos chegar bem. Por fim, falou do filho Thiago - fruto do relacionamento com a esposa Antonella. Ao que parece, ele não terá as mesmas características do pai. - Me parece que Thiago é destro. Não temos certeza ainda, isso se verá com o tempo. E se não for jogador não tem problema.